ESQUELETO - POESIA INÉDITA
Ossos que foram gente, aqui despontam
Das ruínas sepulcrais, ressurreto,
Mas ah, da sua vida nada contam...,
Ó esqueleto, esqueleto!
Como versos que são feitos em métrica,
A visão uniforme faz-me dueto
Nesta absoluta esfinge linda e tétrica...,
Ó esqueleto, esqueleto!
E este morto que um dia serei eu,
Oh, meu Deus, me transformes no amuleto
De poeta, que ainda na alma não morreu,
Esqueleto, ó esqueleto!
Eduardo Eugênio Batista
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