QUI CONVERTIT FLOS MULIER A MULHER QUE VIROU FLOR
Após tanto tempo aprisionada por um “amor” truculento
Libertou-se sem denuncias, sem máculas, sem ajudas externas
Sua perda não lhe trouxe dor, nem culpa, nem sofrimento
Vivia, agora, sem esperança, com olhos turvos,
Desacreditados, tristonhos
Sua pele não apresentava marcas, mas cicatrizes internas
O toque de outro, não desejava mais nem em sonhos
Suas lágrimas de solidão encharcaram o chão,
E depois de penetrar o solo fez brotar alegria,
Perfumou o ar e reverdejou a terra
Seu abolido amor a transformou na mais bela flor
Na paisagem bucólica e solitária
De um torrão ainda incólume ao pé da serra
Ela, a mulher que virou flor.