Poema absurdo
Tenho saudade dos sábados distantes
Logo agora que o outono pranteia
Dissolvido em águas.
Pelo chão, folhas de plátano, olhares perdidos.
Tenho saudade das tuas mãos ausentes
E dos teus olhos de mata anunciando o dia
Logo agora que se faz o outono e que se cobre o céu.
Em mim, dormem pássaros molhados
Parecem fatigados e com frio...
Entre manchetes tristes e decadentes
Viajo
Vou pintando muros e tulipas
Semeando meus canteiros no papel.
Delirante
Ainda tenho saudade das tuas mãos ausentes
E do teu olhar de mata, tão próximo e distante...
Debaixo do céu que não para de cair
Teimo em ser brincante e me implodir
Me tapar de tinta, mergulhar na terra
Então viro clown, Medusa, Hera...
Mas é outono
Que floresça o meu jardim papiro
Quando florir a primavera
B a t