Poema absurdo

Tenho saudade dos sábados distantes

Logo agora que o outono pranteia

Dissolvido em águas.

Pelo chão, folhas de plátano, olhares perdidos.

Tenho saudade das tuas mãos ausentes

E dos teus olhos de mata anunciando o dia

Logo agora que se faz o outono e que se cobre o céu.

Em mim, dormem pássaros molhados

Parecem fatigados e com frio...

Entre manchetes tristes e decadentes

Viajo

Vou pintando muros e tulipas

Semeando meus canteiros no papel.

Delirante

Ainda tenho saudade das tuas mãos ausentes

E do teu olhar de mata, tão próximo e distante...

Debaixo do céu que não para de cair

Teimo em ser brincante e me implodir

Me tapar de tinta, mergulhar na terra

Então viro clown, Medusa, Hera...

Mas é outono

Que floresça o meu jardim papiro

Quando florir a primavera

B a t

Maria letra e cor
Enviado por Maria letra e cor em 16/05/2019
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