''UM CAFÉ EM PARIS''
Talvez um poeta qualquer
Uma cafeteria qualquer
Um bardo qualquer
Em uma cidade qualquer
Com um caderno qualquer
Uma caneta qualquer
O dinheiro só para o café
Com a mente inteira
Escrevendo o mundo todo
Em qualquer hora
Em qualquer instante, ele para
E o peso da sua caneta
Faz um leve barulho na mesa
Mas é um barulho
Que sacode
O planeta inteiro
Das letras
Como impacto
De uma bomba nuclear
O poeta qualquer
Leva xícara até a boca
O bardo paga
Paga a conta e sai
Com seu caderninho
Levando mais um pedaço do mundo
Nas suas mãos...