FLUTUANDO nesse teu subterrâneo azul
Como quem perdeu o medo;
como quem encontrou segurança;
mergulho 'de costas' nesse teu
azul subterrâneo, livre, diferente,
nobreza elegante; simples sofisticação.
Como é envolvente esse sentimento
azul escuro, que me invade a alma,
me tranquiliza e me traz calma,
nesse momento de quase pânico,
onde espinhos invisíveis me ferem...
Onde estás? Porque te afastas,
ó meu Condor Azul? Estarás
preso em alguma gaiola gigante,
sendo tratado com pão e água?
Mas se és de carne, que gostas!
Dançando nos ares, como casal
de Araras Azuis, nos vejo, livres;
Construindo nosso 'ninho' nos
mais altos cumes das montanhas,
como águias poderosas, a planar...
Onde foi parar meu 'sangue azul'?
E o teu? se ora és escravo, preso
pela tua consciência aristocrática,
onde a honra tem mais valor
que qualquer outra coisa?!!
Saibas que diante desse teu
ser subterrâneo, gótico humor,
com sede de liberdade azul,
como o céu e como o mar...
Deves te libertar... no humilhar...
Perdoar, vencer, e seguir...
Profundezas azuis, quase sem fim,
com nuvens brancas a bailar;
com ondas brancas a lamberem
a praia, a nos molhar...
Céu e mar; mar e céu;
___ A nos chamar...
Onde andarás, meu Butterfly Blue?
Águia, Condor, Arara azul...?!!
Pois, como uma Owl Butterfly
estou, a observar toda essa
infringência. Melancólica tristeza...
Que tortura seres
___ com sede de liberdade...
Onde andarás, meu Nobre Azul,
Águia, Condor, Arara blue?!
Como uma Owl Butterfly;
Com olhos de coruja; olhos
de águia, estou a planar,
nesse infinito azul,
___ apenas, a olhar...
Porém, como fêmea condor,
estarei apenas a observar.
Intervir não! Deixar fluir...
Para ver onde, quando, então,
___ poderei pousar!