A valsa de uma só borboleta
Apenas uma borboleta,
Que trazia sensíveis sonhos,
Leves, pelo céu violeta.
Despedia-se, flutuava...
Em suas transparentes asas
Por esse céu que enevoava...
Uma pétala sobre ela,
Emperrando sua suave ação,
Pintando a paisagem aquarela,
Trazendo-lhe raro perfume,
Um cálido suor surreal,
Nos prados, como de costume!
Longe... Em céu guache bordava,
E pelo horizonte se ouvia,
A valsa que melodiava...