INTEPERIAE/LOUCURA

Apaixonou-se sem precaução alguma

Vivia um prazer solitário e reprimido

Seu coração era uma lacuna,

Um monólogo sombrio, um coito interrompido

Sem ela, “ele vivia com ela”, num amor imaginário

Iludido, angustiado como um cão no cio,

Perdido, numa viagem sem itinerário,

Faminto, matando a sede num copo vazio

Curou-se sem medicação nenhuma

Vive um amor platônico, um tempo saudosista

Com o coração caído em bruma

Em um mundo utópico onde sua insanidade resista.