INSOMNIA/INSÔNIA
Ela lançava-lhe um olhar gentil e um sorriso verdadeiro
Que ele imaginava como um amor sutil e esmero;
Ela apertava-lhe a mão ou dava-lhe um abraço carinhoso
Que ele sonhava como uma carícia em seu rosto e um amplexo amoroso;
Ela o cumprimentava, “oi” “tudo bem”, com voz doce e sutil
Que ele idealizava como “eu te amo” num devanear pueril;
Ela beijava-lhe o rosto com a boca macia e os lábios molhados
Que ele fantasiava como um beijo quente e demorado;
Ela inebriava-lhe com seu suave perfume
Que ele sentia profundamente quando o vento soprava-lhe a pele
Ele agora não mais a encara,
Para que em seus olhos ela não veja estrelas;
Ele agora evitava encontrá-la,
Porque em seus braços não pode tê-la;
Ele se quer telefona,
Para não hipnotizar ao ouvi-la;
Ele, até, tenta nem mais dormir,
Para não sonhar em beijá-la,
Mas o cheiro dela e seu perfume suave ainda o deixa inebriado
Inteiramente inebriado.