POESIA MORTA
Minha poesia já nasceu morta,
pois morta está minha alma;
ela chora e se agita
porque está magoada;
Meus versos são sonâmbulos,
ninguém vai me despertar,
pois sabem que pretendo
dormir eternamente;
Minhas rimas se extraviaram,
não sei onde encontrá-las,
também, nem preciso delas,
quem precisa?
Quero deixar meus versos
à beira do precipício,
quem quiser, pegue-os,
ou deixem que voem;
Quem sabe fertilizam o solo
e assim crescerão
muitas árvores,
com frutos de poesia?