V A I D A D E

Francisco de Paula Melo Aguiar

Vanitas, vanus!

Vôo, oco, vazio...

Hipocrisia de humanus

Ser e não ser, baldio.

É a base do deleite

Da posse de dote...

Físico, material, enfeite

Intelectual real, sem trote.

Da riqueza material

Dote real imaginário...

Superioridade do ser desigual

Máscara do ser e não ser otário.

Amesquinhado, ofendido

Ah! Quando confrontado...

Desfavorável ao indivíduo

Vira a mesa, sente-se ferido.

O ser equilibrado, talento

Tem ciência do que fala...

Do ser e do não ser, atento

Visão de tudo, sem vara.

O ser humanus é estranho

Faz guerra entre vivos...

Dar flores aos mortos, insano

Quer céu ou inferno, inclusivos.

Na visão cega dos humanus

Toda honra está na morte...

E não no ser vivo, profanos

Jogada na sarjeta, boa sorte!

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 23/02/2019
Reeditado em 23/02/2019
Código do texto: T6582417
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