Escrava da morte
A rosa desabrochou
E você a beijou
Com a intensidade da morte
E foi como um soco no estômago
Num instante
Lhe concedeu
Uma vida inteiramente diferente
Onde seus risos
São a colheita do dia
E suas lágrimas
São sementes
Cada vez que você lhe beija
Leva um pedaço da su'alma
Que se perde na escuridão
Do seu coração
Suas tochas
Estão ficando escassas
E seus olhos
Já não tem o mesmo brilho
Seu espírito se vai
Enquanto sua alma
Senta ao lado do corpo
Esperando uma razão pra voltar
Você lhe derruba
Cada vez que tem uma chance
Soca seu rosto
E lhe deixa cicatrizes
Para que cada vez
Que ela se olhe no espelho
Saiba que você existe
Destrói suas esperanças
Quando ela fita os seus olhos
No meio da penumbra
Acorrentada em uma caixa