O NADA
Tem dias
que me sinto escrava do nada
e neste nada eu quero navegar,
transbordar minha alma
daquilo que não existe,
sacudir a poeira dos pés
e subir o monte santo
para encontrar-me com a paz
que habita em mim...
Tem dias
que vejo o mundo estraçalhado,
as pessoas correndo para lá e para cá,
perdidas, desiludidas, amendrontadas
[e neste vai e vem da turba],
tenho vontade de abraçar cada alma,
para que encontrem-se com
a paz que existe em si...
Tem dias
que minha alma vagueia sem destino,
[fora do centro], querendo encontrar
um norte, um apoio, um suporte,
para não perder-me na inexistência ..