O corvo
Um corvo parou
Em frente a minha janela
E me presenteou
Com uma rosa vermelha
Que sangrou
Quando lhe abracei
Deixando em mim
A sua cor carmim
Impregnando-me com seu odor
Lembrança de amor
Flexada de dor
Transpassa a alma
A tempestade recaí
Enquanto o lodo se aglomera
No meu caminho
Então deslizo
Com a roupa molhada
Martírio
Quem dera
Ter um sorriso
Servido com carinho
Na prataria das lembranças
Que hoje janto
Espinhos