Luz e sombras - Encontros - LVIII

... gosto, meu caro

eco, que me assombre

com tuas podridões,

porque, embora não

saibas eu me faço

mais livre quando

seu lodo escorre

por meus pés e por

meu mestre indomado,

gosto, estimado

azul em queda,

de suas pedras

esdrúxulas que ferem

meus monstros e meus

céus;

gosto do espelho

que me és:

somos carne

alimentando vermes

em castelos frágeis,

somos transitória

ilusão,

somos aberrações

em nosso próprio

templo,

mas gosto de morrer

em suas secas...

Luz de Cristal
Enviado por Luz de Cristal em 04/02/2019
Código do texto: T6567143
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