Luz e sombras - Encontros - LVIII
... gosto, meu caro
eco, que me assombre
com tuas podridões,
porque, embora não
saibas eu me faço
mais livre quando
seu lodo escorre
por meus pés e por
meu mestre indomado,
gosto, estimado
azul em queda,
de suas pedras
esdrúxulas que ferem
meus monstros e meus
céus;
gosto do espelho
que me és:
somos carne
alimentando vermes
em castelos frágeis,
somos transitória
ilusão,
somos aberrações
em nosso próprio
templo,
mas gosto de morrer
em suas secas...