Sem tudo

Este instante é breu meu ,

escuro teu

e tanta luz distante

tem a tua vida

essa única morte minha,

sem alma,

sem vida,

sem rima.

Há desgostos que nunca se acabam,

sempre acham novas estradas

e vêm morrer perto da gente

com o que não se sente

nem se acha!

Dou-te o tempo,

esse adivinho de nós,

esse triste algoz

sabe tudo de nada

e do nada que fomos