Demiurgo
É meia-noite, vim buscar-lhe.
Sua'lma clamou.
Eu ouvi, dos profundos mistérios da loucura, vi.
O sussurro da noite que lhe adentra
o coração, é minha casa favorita.
Deixai-a, porta aberta.
Respingos d'alma dolorosos deste
pó que treme o terror.
Não farei-te malignidades,
Serei tua sombra apenas.
Alimentai-me com teus pesadelos
Durante o descanso da labuta cotidiana.
Porque os antigos Senhores um dia vêm,
E o mundo será colhido.
A poderosa abominação dominará sobre os
homens.Cedendo-lhes desejos terríveis
E as paixões carnais explodirão
como a garganta da terra,
Sopros de enxofre fumaça cegante.
O fim vem, pobre alma.
É meia-noite, vim buscar-lhe.
Sua'lma clamou,
Eu ouvi, vim da inconsciência natural da
realidade falseada, cheguei.
Vem alma, prostra-te.