A MORTE DO ASTRO REI

Tarde morta! Tarde fria! Os últimos lampejos de agonia.

A grande batalha entre a noite e o dia; irremediavelmente consumada.

O corpo fúnebre é depositado lentamente entre as nuvens celestiais.

E um manto escuro, o cobre lentamente, junto a uma cor escarlate, sangue do grande duelo, envolvendo e sepultando, o grande guerreiro.

É hora de velar o moribundo, recolhendo se aos nossos casulos.

Pequenas velas faíscam em forma de estrelas, o firmamento.

No fervor de sua valentia, agora esfria, e repousa no fim do mundo.

Coberto por um manto noturno, lápide sepulcral sobre a grande chama.

É hora de voltarmos para casa, cabisbaixos, tristes, cansados mas esperançosos.

Velaremos em silêncio a morte do grande sol, e juntos morreremos mas um dia!

Na ânsia de despertar como fênix, e receber o grande guerreiro nas primeiras horas do amanhecer cultuando os raios da aurora, e novamente sonhar a viver.

Joao Passos
Enviado por Joao Passos em 12/01/2019
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