Luz e sombras - Encontros - XLVI
Tirar as flores,
os tons dourados,
os brilhos parcos,
a pele insensata,
os olhos cegos
e olhar-se
a si mesmo
sem a presença
de águas turvas:
ver-se humano
e buscar força no
íntimo para limpar
o pó do arquétipo
quebrado!
Desnudar-se
dos eus,
desempoeirar-se.
Admitir-se,
mesmo que as rimas
chorem com o sorriso
dissimulado!