OURAÇÃO DA TARDE

Salve! Senhora Deusa

Que douras o azul antes de estrelá-lo.

Fossem meus olhos batéias,

Minha língua aluvião de versos rebeldes e negros

Que roubam-me a paz, destes, eu capataz;

Revoltaríamos como eletróns!

Há uma guerra,

Meu peito é de dor.

Fosse Congada!

Meu preito é de folhas e pétalas de flor!

É de fogo e crepita!

Salve! Oh, Deusa do Ouro!

"- Quereis ir?

- Na direção do sol, quando transmonta!"(1)

(1) - I-Juca Pirama, Gonçalves Dias.

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 31/12/2018
Reeditado em 31/12/2018
Código do texto: T6539684
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