FLEURS DU MAL
... sem maestro,
foi-se a arar terras perdidas
em pleno ar,
a abrir caminhos
como uma gota afogada
em pleno mar;
a cantar, incauta e tristemente,
tentando (como no último esforço das cigarras)
aos sapiens grilos
encantar,
na vã tentativa
de que se lhe realizasse
algum cópulo onírico (perfeito e derradeiro)
à soturna escuridão da própria
floresta.