Fábulas da Lua: o ocaso I

"Há pessoas para as quais o crepúsculo é o prolongamento da aurora.

Machado de Assis (in "A Mão e a Luva")

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Do ocaso a Lua é poetisa

A alma de canto tão símplice

No céu estampa a luz lisa

Do amor a imagem, a cúmplice

No tempo a ação paralisa

Finda a tarde e o belo é dúplice

O ocaso um mar de poesia,

Deita o sol crepuscular:

A noite a Lua anuncia!

O poeta a vê, quer a amar

Esquenta a lira antes fria

Menina eterna, anda no ar...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 14/12/2018
Reeditado em 15/12/2018
Código do texto: T6527169
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