DALILA
Cindira, tudo faria:Seria santo,
Se tu me fosses anjo.
Mas não. Me enganara tanto -
Eras crudelíssimo arcanjo!
Como fora louco! A brisa errante,
Quis ganhar um beijo da viração,
O simum dardejante,
Crestou-me os sonhos -- perdição!
Buscava luzes, simples mariposa,
Ceguei- me entretanto,
Na luz de um falso astro, que repousa
Na mentira, no ludibrio de encanto!
Como me enganei! Não eras anjo.
Eras Dalila, a me falsear,
E eu ,aquele que tocava o banjo
Da inocência, ao em ti, acreditar!