A surreal arte de amar
Fui tecendo sentimentos na sinuosa linha do tempo
De tempestades, brutais intempéries de solidão
Que perpassavam meu peito qual flecha sangrando as dores neste frio deserto
Então derrubando frágeis castelos de papelão, de instáveis alicerces de inverdades
Busquei nas ínfimas frações de sanidade encontrar meu eu perdido nas avalanches de decepções
Reconstruindo-me a partir da junção dos cacos de meu ser,
Formei-me mosaico por onde a luz reflete cintilantes cores do arco-íris de esperança
Em harmonioso ritmo de dança,
Entoando melodiosa canção
Abri as janelas de meu coração
Por onde o vento do amor adentrou
Leve brisa a penetrar em meu íntimo
Momento mágico impossível de esquecer
Quando o espaço em meu regaço
Engendrou você.