O MATERIALISTA
Ó, poeta, qual o quê!
Vou lhe dá um toque real,
E não me leve a mal,
Nada contra você.


Mas é preciso esclarecer
Que este mundo irreal
E etecetera e tal
Que habita em você,


Não se consegue ver.
Nele nada é legal,
Sem o fundamental,
Daí não se pode crer.


Sabe aquele seu Sol,
O que descansa no anoitecer,
E aquela sua Lua como lençol
Que inebria todo seu ser?


Pois é, poeta, esquece...
O Sol, astro real,
Dia após dia é igual,
Aqui e ali só aquece,


Ilumina, esconde e deixa escuridão.
No seu caminhar, Terra em rotação,
Passa aqui, na Islândia, Rússia e Japão
Incansável, sem descanso, sem paixão.


Pois é, poeta, apura:
A Lua, um satélite
Como espelho luz reflete
Torna a noite menos escura.


A enluarada noite de amor?
O Sol que aquece o coração?
Ora, poeta, meu irmão!
Qual o quê, faça-me o favor!
Ismeraldo Pereira
Enviado por Ismeraldo Pereira em 16/11/2018
Reeditado em 09/06/2019
Código do texto: T6504140
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