Patíbulo
Porque sou torto desde o primeiro porto
o meu texto foi deixado na lama
e os anjos e arcanjos fizeram meu nome drama
e em nome de Zeus disseram # não ‘a eu’
As asas feneceram e caí no tempo da saudade.
Explodi com os estilhaços cravados no corpo,
me entortando de novo, desde o pecado original...
O que me tira da estrada é o cicio da mulher...
Essa saudade-verdade é a minha impropriedade...
A mulher mais bela pode nem ser ela,
que já foi do vizinho, agora é minha e já foi dela...
Isso espinha a minha trilha e atira cravos na minha luz,
como se não bastasse o chão de espinhos,
de onde saio destruído e caio pela milésima vez...