Lua cheia de olhares

É na noite que os vampiros saem

Bebem o sangue dos que recaem

Ébrios de saudade não recolhem

Cacos, pedaços que se desfazem

Na noite, lamentos tantos, santos

Profanos, entre periferia e o bairro

Ficam juntando fragmentos, jarro

D'água, de flores, bebida e encanto

Noite sangra vermelha, feito a Lua

Outrora, cheia, olhares daquela rua

Escura, uma cidade que não dorme

Chama teu nome, e engana a fome.