XVII - Flor do Mal I - Ethos de uma Alma Invertida

I

Uma semente caiu

No solo fértil de minha alma

E ali, no escuro do Ego,

Ela cresceu e alastrou-se.

Tal como uma erva daninha,

Envolveu e revolveu os

Recônditos daquele solo.

Da terra recém-afofada,

Brotaram os vermes e

Cantou o Coral dos Mortos.

Uma semente caiu

No solo fértil de minha alma

E ali, no escuro do Ego,

Ela cresceu e alastrou-se.

Uma flor, negra como

A Kali da Era de Ferro,

Desabrochou no centro

Do Jardim Selvagem e

Ali arraigou-se.

O Coral dos Mortos,

A Flor embalou;

A Estrela da Manhã cintilou,

Um muro se ergueu

E outra flor nasceu.