COMO SE FOSSES LIVRO-II
Queria abrir-te
como se abre um livro
e folhear-te as páginas
das verdades
que nunca encontrei.
Queria ler-te
como se eu fosse o mágico
do tempo
a desvendar os mistérios
da vida que se eterniza
quando falecemos.
Queria saber-te toda
como a nudez do universo
sem cores pré-estabelecidas,
sem abstenções,
mas cheio da liberdade
que embriaga
como vários copos de rum.
Cezar Ubaldo Araújo.