VOO CÉU

O olho era menino quando o risco fez-se no azul.

Fosse a plataforma de lançamento o campo da bola...

Não mais longe era a pista de aviação mais próxima.

Hora de coroar nos ventos ascendentes que sopram ao cruzeiro.

A pipa por um fio, o papel de seda, o bambu,

O vento, tudo veio da China.

O mais pesado primeiro, depois o mais leve que o ar o suplantou;

A histeria testemunha ainda levita, chapéus aos ares.

Com a senha na íris saltou dos desafios aos horizontes,

Linhas dos mares nas engrenagens das manivelas.

Disse à mãe: - voltei de Roma!

Traduziu verdades, pilhou os falsos, os defraudadores, os que burlam.

Inigualável, inconfundível, insuperável

Ao desvendar a válvula, ao dedilhar a dúvida, ao cunhar moedas,

Ao postar as asas abertas ao galanteio.

Saboreia a glória do voo sobre a própria fazenda,

Terras que herdou da infinita inquietude eterna.

Plantações de raízes, de folhas, de sementes

Que são servidas na varanda de um poema.

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 17/09/2018
Reeditado em 31/10/2018
Código do texto: T6451103
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