VOO CÉU
O olho era menino quando o risco fez-se no azul.
Fosse a plataforma de lançamento o campo da bola...
Não mais longe era a pista de aviação mais próxima.
Hora de coroar nos ventos ascendentes que sopram ao cruzeiro.
A pipa por um fio, o papel de seda, o bambu,
O vento, tudo veio da China.
O mais pesado primeiro, depois o mais leve que o ar o suplantou;
A histeria testemunha ainda levita, chapéus aos ares.
Com a senha na íris saltou dos desafios aos horizontes,
Linhas dos mares nas engrenagens das manivelas.
Disse à mãe: - voltei de Roma!
Traduziu verdades, pilhou os falsos, os defraudadores, os que burlam.
Inigualável, inconfundível, insuperável
Ao desvendar a válvula, ao dedilhar a dúvida, ao cunhar moedas,
Ao postar as asas abertas ao galanteio.
Saboreia a glória do voo sobre a própria fazenda,
Terras que herdou da infinita inquietude eterna.
Plantações de raízes, de folhas, de sementes
Que são servidas na varanda de um poema.