MAYSA, OUÇO...

E assim, Ouça, me desmayso -

Refaço-me de inusitado paraíso,

Sob o calor de uma voz veludo,

Que me esfarela o pouco em tudo.

Ouço, posto que agora sou todo ouvido,

Numa audição sobre o jamais esquecido

Ficou, embora tudo fizesse nesse nado

Em redemoinho surdo ao dez- do- brado...

Um par de olhos de gata ronrona

Enquanto a pata abate o novelo,

E a paixão cada vez mais ressona,

Imersa sob seus sedosos cabelos...

Dedico esse poema ao poeta Arjofe, de Taubaté.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 17/09/2018
Reeditado em 17/09/2018
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