Pura poesia
Uma flexada atingiu o relógio
Apesar da areia
Escapar das mãos
O tempo parou naquela hora
E se espalhou todo pelo chão
Através da fechadura
De uma porta trancada
O reflexo da lua teimoso penetra
Iluminando um certo quadro
Uma noite açucarada relembra
Garoa fina
A música parou
No meio da chuva
Dança alguém
No caminho molhado
Não vejo mais ninguém
Poesias em folhas amareladas
Na escuridão a luz vem pela janela
Em meio as flores cinzentas
Surgem coloridas borboletas
Fazendo a imagem ser bela