Metade de mim é lágrima.
Outra metade é seca.
Metade de mim é tempestade.
Outra metade é deserto.
Uma parte é luz.
Outra parte é treva.
Uma parte é palavra
Outra parte é instinto.
Uma parte jaz dentro do espírito.
Outra parte dorme sob o corpo.
A sentir frio.
A sentir afetos.
A sentir solidão.
A amargar a decepção.
Uma parte de mim supera.
Outra parte não perdoa.
Não reclama, mas não perdoa.
E nem esquece.
Registra ocultamente na gaveta
do inconsciente.
Uma parte de mim esquece.
Mas, não perdoa.
Estranha.
E sai à francesa,
sem se despedir.
Não gosto de despedidas.
Não gosto de um monte de coisas.
Viver com metades paradoxais.
Essa é a natureza humana.
Numa gangorra.
Num dejà-vu
O script está com letras borradas.
E o improviso
é chamado de livre arbítrio.
Não há liberdade.
E nem arbítrio.
A ilusão da voluntas.
A volúpia de se achar sedutor ou
convincente.
A imaginar-se dominatrix.
A genética nos dita.
A história nos guia.
A geografia nos situa.
E, a filosofia nos embala
como se fôssemos bombons.
Outra metade é seca.
Metade de mim é tempestade.
Outra metade é deserto.
Uma parte é luz.
Outra parte é treva.
Uma parte é palavra
Outra parte é instinto.
Uma parte jaz dentro do espírito.
Outra parte dorme sob o corpo.
A sentir frio.
A sentir afetos.
A sentir solidão.
A amargar a decepção.
Uma parte de mim supera.
Outra parte não perdoa.
Não reclama, mas não perdoa.
E nem esquece.
Registra ocultamente na gaveta
do inconsciente.
Uma parte de mim esquece.
Mas, não perdoa.
Estranha.
E sai à francesa,
sem se despedir.
Não gosto de despedidas.
Não gosto de um monte de coisas.
Viver com metades paradoxais.
Essa é a natureza humana.
Numa gangorra.
Num dejà-vu
O script está com letras borradas.
E o improviso
é chamado de livre arbítrio.
Não há liberdade.
E nem arbítrio.
A ilusão da voluntas.
A volúpia de se achar sedutor ou
convincente.
A imaginar-se dominatrix.
A genética nos dita.
A história nos guia.
A geografia nos situa.
E, a filosofia nos embala
como se fôssemos bombons.