A PAZ
A paz baila nas pontas de agulhas ferinas,
equilibra-se nos ombros inflamados de egoísmos,
não sacia sua ânsia umbigal de ganância.
Seu pirão já entornou faz tempo no caldeirão
[da humanidade
e disfarçou-se de armistício covarde e desconfiado!
Todos a querem, mas matam-se por ela;
pura incongruência querê-la às custas de
sangue, suor e lágrimas!
A paz, então, cansada de querer aparecer
tornou-se verossímil, pode acontecer,
entretanto, é uma ficção feminina
de calcinha fio-dental, nos corações ávidos
de líderes que desejam comê-la, bebê-la...
[ou fodê-la!
Palmares,10/-8/2018
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