A PAZ

A paz baila nas pontas de agulhas ferinas,

equilibra-se nos ombros inflamados de egoísmos,

não sacia sua ânsia umbigal de ganância.

Seu pirão já entornou faz tempo no caldeirão

[da humanidade

e disfarçou-se de armistício covarde e desconfiado!

Todos a querem, mas matam-se por ela;

pura incongruência querê-la às custas de

sangue, suor e lágrimas!

A paz, então, cansada de querer aparecer

tornou-se verossímil, pode acontecer,

entretanto, é uma ficção feminina

de calcinha fio-dental, nos corações ávidos

de líderes que desejam comê-la, bebê-la...

[ou fodê-la!

Palmares,10/-8/2018

RESPEITE-SE OS DIREITOS AUTORAIS: LEI Nº 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998

Tony Antunes
Enviado por Tony Antunes em 10/08/2018
Reeditado em 07/01/2023
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