O UIVO ECOOU NOS PORTAIS

A névoa veio com mansidão

As afrontas cessaram

Entre as lápides rastejam seus silêncios

Não foi o vento que veio...

Não esta noite...

Não o vento

O uivo ecoou nos portais

Matilhas caçando nas antigas florestas

O sangue pelo sangue clama esta treva ...

Nem a ave noturna entendeu...

A luz fria da lua banhando batalhas perdidas

Cortejos inacabáveis singrando os caminhos

O odor cavalga a brisa sem medo

Espalha sua presença nas aldeias

O tempo monta cavalos velozes esta noite

Ele alcança você...

Ele sabe de você...

Ele vê...

E O UIVO ECOOU NOS PORTAIS.