Conversando com a lua
A manhã parece sempre infinda
quando a espera é a treva da noite que traz o astro maior.
Em sua algidez orgulhosa e atroz
parece não haver mais nada que não seja ela!
Ela parece como um seio virgem, crispada,
trêmula, que o seu medo do crepúsculo parece fazê-la esvanecer.
Mas não, ela brilha como rainha rósea e se diz bela como um lírio cujo âmago é todo orvalhado.
Ela me diz que é amante dos amantes e testemunha todos os corpos lascivos, frementes, anelantes que se perdem em sua própria nudez.
Publicado no meu primeiro livro solo "Ensaio Poético".
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