Manhã dos Boêmios Roucos
Pálpebras pesadas e lentas
nos colchões espalhados pelo chão
Essas vidas cuspidas pela noite...
Diretamente para a manhã serena
encenam sorrir sua cara amassada
São mentes tristes em felicidade plena
Eles são bonitos, são poetas e dementes,
são balbúcios, o que restou dos goles
Sabem que cantar aquece a garganta
Majoritariamente pegam fogo
É preciso entardecer pra pescar a noite
que ambienta a saga dos incompreendidos
e antecede a manhã amarga dos roucos
Boêmios loucos e felizes por motivos poucos