LINACRÓTICA LAMPARINA
Nas noites de claridade sumo com as sombras
por entre as paredes nuas de cores sem brilho,
e argamasso os passos da solidão
Sinto o cisco das vertentes em trapézios de ventanias
a equilibrarem-se nos pêndulos da ebriedade.
Suspiro concretos de folhas mortas sob as estrelas
com resmínguos decadentes de nuas invernadas.
Prepulcio nas carnes podres em odes às prostitutas,
e choro em seus ombros abertos em tatuagens
[de borboletas.
Viço o vasto mundo, infacundo, imundo e intrépido
com escarros de carbono e esperma.
Com linacrótica lamparina ascendo as overdoses
de amores anacrosticos, crônicos de dores e de sorrisos.
Palmares/03/2018
RESPEITE-SE OS DIREITOS AUTORAIS: LEI Nº 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998