LINACRÓTICA LAMPARINA

Nas noites de claridade sumo com as sombras

por entre as paredes nuas de cores sem brilho,

e argamasso os passos da solidão

Sinto o cisco das vertentes em trapézios de ventanias

a equilibrarem-se nos pêndulos da ebriedade.

Suspiro concretos de folhas mortas sob as estrelas

com resmínguos decadentes de nuas invernadas.

Prepulcio nas carnes podres em odes às prostitutas,

e choro em seus ombros abertos em tatuagens

[de borboletas.

Viço o vasto mundo, infacundo, imundo e intrépido

com escarros de carbono e esperma.

Com linacrótica lamparina ascendo as overdoses

de amores anacrosticos, crônicos de dores e de sorrisos.

Palmares/03/2018

RESPEITE-SE OS DIREITOS AUTORAIS: LEI Nº 9610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998

Tony Antunes
Enviado por Tony Antunes em 05/07/2018
Reeditado em 08/01/2023
Código do texto: T6381922
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