NÃO HÁ MÁSCARAS EM HOSPITAIS
Nos corredores dos hospitais
ouvimos as paredes geladas em
éter de penumbra e pranto.
Seringas perfurando vidas
com dores rangidas e esvai-idas!
Bisturis dilacerando lágrimas
com esparadrapos de esperanças!
Litros de soros a escorrerem
felizes nas mangueiras de
verdes veias adentro.
Não há máscaras em hospitais,
valores intrínsecos se descobrem
nus, desprovidos de maquiagens.
No glamour das enfermidades
desnudam-se os megalomaníacos,
pretos e brancos, ambos
na tênue divisória
da vida e da morte
se igualam no peso e
na medida!
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