NÃO HÁ MÁSCARAS EM HOSPITAIS

Nos corredores dos hospitais

ouvimos as paredes geladas em

éter de penumbra e pranto.

Seringas perfurando vidas

com dores rangidas e esvai-idas!

Bisturis dilacerando lágrimas

com esparadrapos de esperanças!

Litros de soros a escorrerem

felizes nas mangueiras de

verdes veias adentro.

Não há máscaras em hospitais,

valores intrínsecos se descobrem

nus, desprovidos de maquiagens.

No glamour das enfermidades

desnudam-se os megalomaníacos,

pretos e brancos, ambos

na tênue divisória

da vida e da morte

se igualam no peso e

na medida!

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Tony Antunes
Enviado por Tony Antunes em 21/06/2018
Reeditado em 08/01/2023
Código do texto: T6370081
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