(ex)/(in)trínseco
(ex)/(in)
t
r
í
n
s
e
c
o
Sigo adiante, mantendo as rédeas da razão.
E essa diligência, pro seu destino, prossegue.
Cavalos galopam, sopra o vento
Reluzindo em mim um ideal febril.
Nos meus olhos, no meu coração
Cascos batendo, rédeas nos lombos
Um prazer pelo domínio, a mim, entregue
Enquanto procuro persistir.
Todavia, quando surgiu aquele terremoto, natural intento
Me sacudiu por completo, movimentando tombos
E a diligência, tranquila, se torna vil
Eu tento dominá-la, mas, em vão.
Daí que percebi que teria fim esse terror
Se, de fato, movimentasse meu coração para o fim
De que eu não sou o dono da minha vida
De que a rotina não é minha, não é obtida.
Na verdade, meu coração galopa esperando, enfim
Descansar dessa corrida...
A poeira já me é demais.