Noturnidades(Poema 19)

Na lua translúcida e vagabunda rumam

Borboletas ébrias, o luar some em gotas

Vaporosas de nuvens cerradas.

O pio do mocho terrifica as folhas silvestres

Enquanto as estrelas divisam novas imagens

Que nunca serão decifradas por nenhum mortal.

Silvos silvestres ecoam na melodiosa caverna...

Caminho entrecortado por poeira milenar,

Ecos de litanias absurdas em idiomas antigos.

Sob os espectros claros, tudo se revela

Como um constante e vivaz movimento.

Dançam as cigarras sobre o seixo jogado

Na lagoa, as corujas piam conselhos que

Apenas elas seguiriam, a ebriedade se faz

No ar, na água e na terra nodosa.

E na lua que vigia o espectro turbulento,

O mistério caminha pelas praças levando

O vigor da natureza que nunca será esquecida.

Martin Schongauer
Enviado por Martin Schongauer em 26/05/2018
Reeditado em 02/05/2023
Código do texto: T6346762
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.