Dor

Alma em desatino...

o que vem do destino

que nos espessa

as fibras do coração,

que quebra os olhos

como cristais de Catedrais,

feridos, que refletiam

crepúsculos escondidos

dentro das mãos.

No amanhã, parece

que o fogo não arde,

que a alma dentro da gente

pensa que já é tarde

para tocar o céu

da emoção....

Dor...

As asas da agonia

pairam sobre a seara

esperando o dia,

para colher aquela única flor.

Parece que as raízes erram,

que as horas emperram,

e que o coração

é um cântaro em desespero

eterno

pela água do amor.

(Direitos autorais reservados. Lei 9.610 de 19.02.98)

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 31/08/2007
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T631713
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