O Divino e o Profano
Existe em ti uma beleza oculta aos olhos superficiais, mortais.
Ela é misteriosa como a noite que aprecias e, às vezes, negra como o café que te agrada o paladar.
Em ti a dualidade é refletida de maneira intensa e intempestiva.
Assim, não sabemos ao certo se és bom ou mau, semelhante ou desigual, se és homem comum ou imortal.
De ti emana radiosa luz, uma pureza multissecular, herdada, talvez, dos homens inteligentes que aprendeste a cultuar.
Há, contudo, certa melancolia em teu olhar, uma saudade que não cessa, uma tristeza quase imperceptível a quem não te possa captar.
Ocorre que, independente de crença ou descrença, recados do Onipresente cercam todas as criaturas por mais que elas relutem em aceitar, e Ele te cerca, contigo se comunica, mas tu, perdido em teu mundo de incertezas e perguntas que julgas não ter resposta não o podes escutar.
Hoje Ele quer que tu saibas que:
" Todas as vezes que te fizeste companheiro das estrelas lançando para elas o teu olhar, todas as vezes que teus questionamentos te fizeram duvidar, ainda assim, filho querido, eu estava lá.
Eu estava a te observar.
Não julgues ser o meu Amor tão pobre que não te possa compreender.
Aos meus olhos, meu amado, és revigorante luz do amanhecer.
Talvez não seja a ti possível todas as minhas obras compreender, mas saibas que ainda assim meu Amor não há de perecer.
Meus olhos te cobrem, com o vento te acaricio a face de semblante introspecto.
Meu filho, da vida tu também és arquiteto.
Se julgas que falhei em algum ponto concreto, mostra para mim teu Amor encoberto... inconstante... inquieto....
Conserta, meu pequeno, faz aquilo que entendes o mais certo."
(Nijinska Nelly)
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Quando ela aparece a magia acontece. Honrada e feliz pela belíssima interação da querida Vana Fraga:
Não Duvides E Dividas,
Tuas Dúvidas, Suas Dívidas,
Pagarei Por Seu Sangue Chorado,
Por Seus Erros Do Passado,
Apenas Lhe Peço, Coitado,
Não Acendas Velas Para Os Dois Lados,
Porque Muito Por Ti Tenho Degladiado.