QUANDO ME OUTONO...)))
QUANDO ME OUTONO...
Nostálgico o dia carrancudo insalubre
Anoitece sombras de carranca esparsas
Veste o ar em véu de brisas camufladas
Nos montes um tufão de vida púbere.
Penetrando n’alma o dia inóspito
Não traduz o brilho d’um alvorecer
Pássaros rumam em mim a perceber
A noite chora em tristeza no infinito.
Madrugam em mim os pensamentos...
Que me dizem em gritos e lamentos
D’um silêncio que me sussurra lágrima
Por um dia que amanhece, mas, não rima.
Meu destino de amanhecer ser dia
Precipita a noite em outonar folhagens...
E sentindo um arvoredo em nostalgia
Desfolhando-se em mim caem as margens.
E desgalhada uns me vêm como morta,
Mas no meu íntimo me sinto vigorosa
Em musgo farto dando vida bem viçosa
Renovando galhos fartos sem dá noda...
Março – 2018.
Autoria: MargarethDSLeite.