OCULTA (MENTE)
Juliana Valis




Oculta,

A mente declama o inefável,

Nos labirintos entre rios de nós,

Como sós versos em profusão,

Na dimensão do tempo,

Inexoravelmente só...




Perplexo,

O inconsciente conclama os sentidos

Paralelos ao amor, além das estrelas sóbrias,

Transfiguradas em versos sem cor, tão rendidos

Nos universos das indefinições humanas...




Corações incautos,

Nos sobressaltos de amor, eis o tempo !

Não há chave para o surrealismo que a essência declama,

Pois o inexplicável nem tem portas opacas ou translúcidas,

Mas apenas resquícios da efemeridade sempre, sempre humana,

Como rosa que proclama o ápice do amor no infinito.




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Quadro:


Salvador Dali: "Meditative Rose"