Rua sem saída
Susto no sofá.
Partituras velhas, mastigadas.
Suco no relógio.
Galáxias descosturadas de papel.
Molhado está o alumínio,
grudado até o lápis.
Eco nos óculos
grito nas árvores
sardas cintilam
como fogos de artifício.
O automóvel leva o poema
o poema na rua sem saída.