O RISO DA ROSA
Logicamente, o conteúdo abstrato
guardado no relicário imaginário
é uma simples sudorese cerebral
surgindo e mudando o itinerário.
A face oculta é meu próprio retrato
pálido, concentrado noutro cenário;
é o que rola na cútis do racional
bendizendo a crença do ser templário.
Todavia, a via não dá aceso de fato
nem poderia um só destino ser vário
já que tudo depende do intencional
que agrava o cravo e torna-se hilário.
O riso da rosa dispensa o contato
e o espinho deixará de ser refratário
quando o tato, livre de todo mal,
sangrar de amor no seu calvário.