Tudo é caminho.
Um passo.
Um corpo
Uma luz e uma sombra
Na gangorra bipolar.
Paradoxos bailam ao luar
Sugam semânticas românticas
e mesclam com a lama.

Tudo é tão caminho
O vento a desenhar montanhas
A escovar as copas das árvores
E a trazer o pólen
para germinar
e consagrar a vida.

Primaveras conhecem flores
E as flores conhecem corpos
que guardam o perfume
das memórias
perdidas pelo caminho.

Há arrependimentos.
Há tristezas.
Há uma fonte inesgotável de 
sensações e lembranças
O flash do momento
O sentimento a tocar a alma.

Tudo é caminho.
O tropeço.
O silêncio.
E, a súbita despedida.

Nunca mais voltamos a nos ver.
Meus olhos não mais miram
Meus passos não mais
cruzaram seus caminhos.

As esquinas são sustenidos
doloridos
a tocar agudos
como se fossem gritos
sufocados pela arte de
sobreviver.
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 22/02/2018
Reeditado em 22/02/2018
Código do texto: T6261609
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.