Subitamente aquele feixe de luz
Ilumina tudo
E as cores narram formas

Formas conversam com a geografia
E as montanhas sussuram
segredos às nuvens

Nos ventos jazem uivos
de lobos que cuidam
da matilha.

A primavera nos recorda
a juventude e
a infância.

Os frutos cheirosos
Despencando do pé...
 
A sensação prazeirosa
de estar,
de ser,
de respirar
tanta amplidão
do universo

Mas, lembra,
somos ínfimos,
somos inócuos,
somos satélites em órbitas perdidas.

Os sinais.
As palavras
O lirismo

A poesia cotidiana
dos dias.
A fonética engraçada
das meninas

E, ao fundo o sino tonitruante
toca os corações
e ,começamos a rezar
ave maria,
mãe de Deus.

Tudo que as vezes queremos
é uma mãe...

Então, se for a mãe de Deus.
Erguemos nos esperanças
Suspiramos a mágiac
continuada
de reinventar-se.

Refazer-se
Começar. Recomeçar.
Aperfeiçoar.
O tom,
o som,
a cor
e o sentido.

E vetores viram mitos.
E mitos viram células-tronco.
Talvez a cura seja possível
Talvez a eternidade seja palpável
Mas, nunca, saberemos de todo futuro.
E, o que exatamente nos aguarda.
 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 19/02/2018
Código do texto: T6258732
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