HAERENTIA/HERANÇA

Meu pai “nunca” compôs um verso,

Minha mãe "apenas" sabe ler,

Mas a vida me pôs neste Universo

Onde o meu infinito é escrever

Agora não temo arrostar as palavras,

Minha poesia outorga-me perpétuo contentamento

Mesmo que menoscabada por sentenças pravas

Meu estro poético é um intrépido sentimento

Ainda que triturem meus versos, poemas e rimas

Em suas galáxias inóspitas para minha poesia disfórmica

Astros e estrelas poéticos de imensurável estima

Hão de ver prazer em ser, genuína, poeira cósmica