Pétalas de vidro



Sentiu...
nas marcas invisíveis 
seu coração partir. 
Em noite enevoada
diante do pedestal, 
nos punhos do poeta 
viu sua poesia de amor estraçalhada 
...sua alma ali alvejada
Metáforas contra si jogadas,
metamorfoseando o amor em
perdição .
No inconstante diapasão 
de amor e ousadia,
uma tênue réstia da quimera 
em seu peito jazia.
Perfídia!Indiferença!Desolação!
Quebrou o frasco da profana
ilusão e tudo sorveu!
Valeu-se de sua desventura 
em versos diáfanos
provou o charco de si
não floresceu...
Na mortífera certeza padeceu
Onde as algemas poéticas 
Criaram uma ilusão dolente
do amor, tão mitificado,
que nas linhas do tempo
esmaeceu!​​​​​​






 
Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 30/01/2018
Reeditado em 26/08/2019
Código do texto: T6240222
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